quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

China

A China é atualmente um dos países considerados emergentes, sendo uma provável potência do futuro. Neste trabalho seguem informações sobre a China como a sua história desde os primórdios de seu nascimento, dando ênfase para o período dinástico chinês. Há ainda menções de grandes eventos históricos como as guerras pela proclamação da república, as invasões e as concessões cedidas aos britânicos e seus aliados. Existem também informações sobre a cultura da China e seus dados atuais.
Por fim, segue-se a conclusão do trabalho, sucedida pelos anexos sobre a China. Há ainda as Referências Bibliográficas, onde estarão as fontes consultadas para a confecção deste.


China
-História
A República Popular da China, conhecida por todo mundo simplesmente como China, é o maior país da Ásia Oriental e é o mais populoso do mundo, atualmente com cerca de 1,3 bi de habitantes. O nome República Popular existe para diferenciar a China continental de Taiwan e outras ilhas denominadas de República da China. É uma república socialista, tem 22 províncias, cinco Regiões Autônomas (Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia e Guangxi), quatro municípios (Pequim, Tianjiang, Xangai e Chongqing) e duas Regiões Administrativas Especiais (Hong Kong e Macau), com grande autonomia. Sua capital é Pequim. Mas a China nem sempre foi assim.
A civilização chinesa foi uma das primeiras do mundo. Sua história está registrada em documentos datados do século XVI a.C. Segundo estudiosos, ela nasceu nas bacias do Rio Amarelo em cidades-Estado. Aproximadamente no ano de 221 a.C., a China se unificou formando um grande reino.
Dinastias
As dinastias são um dos elementos mais importantes da história da China. As primeiras dinastias foram registradas após o período de 2850 a.C. a 2205 a.C. onde governaram os “3 Augustos e os 5 Imperadores”, líderes mitológicos da China. Durante séculos foram fundadas dinastias na China.
Dinastia Xia
A Dinastia Xia é a primeira dinastia chinesa descrita pela história tradicional da China. Durou de cerca do ano 2070 a.C. até cerca de 1600 a.C. e teve 17 reis em 14 gerações.
A Dinastia Xia encerrou um sistema de governo monárquico hereditário, existente desde o período do lendário Imperador Amarelo. Ela iniciou um período em que governavam apenas os nobres. Estes controlavam tudo que estivesse dentro dos limites territoriais da nação. A partir daí começou a se formar o código legal da China, em que qualquer infração era punida severamente.
Existem especulações de que o último rei da Dinastia Xia, o rei Jie, foi um rei corrupto. Ele foi deposto por T’ang, líder do povo de Shang que se situava mais ao leste.
Dinastias Chang e Chou
O registro mais antigo sobre a história da China é a Dinastia Chang, registrada em ossos e carapaças de animais. Esta dinastia se apoderou da Dinastia Xia. Durou de 1766 a.C. até 1122 a.C. Neste período iniciou-se o comércio na China. Foram inventados o Arco e Flecha e o Calendário Chinês, além de aperfeiçoar-se a escrita.
No final do século X a.C., o povo da Dinastia Chou, também conhecida como Dinastia Zhou, Chow, Jou ou Cheu, saiu do vale do Rio Amarelo e invadiu os Shang, derrotando-os na Batalha de Muye. Os Zhou viriam a expandir seus domínios ao vale do Rio Yangtzé, no que seria a primeira das várias migrações populacionais do norte para o sul na história da China.
Os Zhou eram um povo que vivia a oeste dos Shang e seu Chefe, o rei Wu, havia sido nomeado “Protetor Ocidental”. O rei Zhou daquele período invocou o “Mandato dos Céus” para justificar seu governo, ideia que viria a influenciar quase todas as dinastias que viriam depois.
Período das Primaveras e dos Outonos - No século VIII a.C., o poder político começou a se dividir pelo território. Os Chefes Militares locais nomeados pelos zhous começaram querer autonomia. A situação piorou com as várias invasões de outros povos a partir do nordeste, como os qins, o que forçou os zhous a moverem sua capital para o leste. Isto marca a segunda grande fase dos zhous: os Zhous Orientais. A partir daí, os territórios zhou se fragmentaram em vários Estados e a fidelidade aos zhou era apenas nominal. Por exemplo, os Chefes Locais passaram a criar títulos reais. Neste período surgiram vários movimentos filosóficos e intelectuais influentes.
Período dos Reinos Combatentes – Após um período de consolidação política, no final do século V a.C., restaram apenas sete grandes Estados. Estes combateram entre si pela supremacia no Período dos Reinos Combatentes. Estes Estados eram: Zhao, Wei, Han, Qiu, Qi, Yan e Chu.
O rei Zhou continuou a existir até 256 a.C., mas sem nenhum poder. O fim desse período se deu durante o reinado de Ying Zheng, rei de Qin. Após a unificação dos outros seis Estados existentes e expandir seus domínios em 214 a.C., Ying proclamou-se Imperador (Qin Shi Huangdi).
Dinastia Qin
A Dinastia Qin marcou o início do período imperial na China, que durou da Dinastia Qin, do Século III a.C., até a Dinastia Qing, do começo do Século XX. O primeiro imperador da Dinastia Qin governava seguindo um código legal, em um regime que não permitia a existência de oposição política, ordenando o poder absoluto do monarca. Esta filosofia era chamada de legalismo. Ela era muito eficaz para expandir o império a força, porém não permitia a existência de um governo de paz. Os Qins silenciavam os opositores políticos brutalmente, tendo seu auge no acontecimento conhecido como a queima de livros e o sepultamento de acadêmicos vivos.
Dentre as maiores contribuições da Dinastia Qin para a China está a Grande Muralha da China, aperfeiçoada e amplificada durante a Dinastia Ming. Além disto, os Qin contribuíram com a unificação do direito, da linguagem escrita e da moeda na China. Até mesmo o comprimento do eixo das carroças foi unificado para permitir um sistema comercial viável abrangendo todo o império.
Dinastias Han e Xin
A Dinastia Han iniciou-se no ano de 202 a.C. Foi a primeira dinastia a adotar a filosofia do confucionismo, que viria a se tornar a base ideológica do período imperial na China. Nesta dinastia a China obteve vários avanços nas artes e nas ciências. O Imperador Wu consolidou e ampliou o império expulsando os xiongnus para a atual Mongólia Interior. Essa conquista permitiu as primeiras ligações comerciais entre a China e o ocidente: a Rota da Seda.
Entretanto, uma crise tributária foi causada devido às aquisições de terras por parte das elites. Até que em 9 d.C., Wang Mang fundou a Dinastia Xin (“nova”) e deu início a um grande programa de reforma agrária e econômica. Os proprietários de terras nunca apoiaram as reformas por serem melhores para os camponeses e a pequena nobreza, e devido à existência de oposição ouve caos e rebeliões.
A Dinastia Han acabou por ser reinstituída pelo Imperador Guangwu, com apoio dos proprietários das terras. O poder dos Hans declinou devido às aquisições de terras, as freqüentes invasões e rixas entre clãs da consorte do imperador e eunucos. A Rebelião do Turbante Amarelo, protagonizada pelos camponeses em 184 resultou numa era de chefes guerreiros. No meio de todo o caos, três Estados disputaram a liderança no período chamado de Período dos Três Reinos.
Dinastia Jin
Os três grupos foram temporariamente unificados pela Dinastia Jin em 278, porém os grupos étnicos não - hans controlavam boa parte do país no início do século IV, provocando migrações de hans em grande escala para a margem sul do Yangtzé. Em 303, o povo di revoltou-se, capturou Chengdu e estabeleceu o Estado de Cheng Han. Os xiongnus, liderados por Liu Yuan, também se revoltaram e criaram o Estado de Han Zhao. Seu sucessor, Liu Cong, capturou e executou os dois últimos imperadores jins ocidentais. No Período dos Dezesseis Reinos, várias breves dinastias não-chinesas, a partir de 303, governaram o norte da China. Os povos ali presentes incluíam os ancestrais dos turcos, mongóis e tibetanos. Alguns destes povos, geralmente pouco numerosos, já habitavam a região da Grande Muralha da China há muitos anos, com o consentimento desta.
Dinastia Sui
A Dinastia Sui reunificou a China em 581, após quase quatro séculos de fragmentação política na qual norte e sul desenvolveram-se independentemente. Do mesmo modo que os qin haviam unificado a China após o Período dos Reinos Combatentes, os suis uniram o país e criaram várias instituições que terminaram por ser adotadas por seus sucessores: os Tangs. Da mesma maneira, porém, eles sobrecarregaram seus recursos e caíram.
Dinastia Tang
Em 18 de junho de 618, Gaozu tomou o poder e estabeleceu a Dinastia Tang. A partir daí, a China passou por uma fase de prosperidade e inovações nas artes e na tecnologia. O budismo, que havia se instalado na China a partir do século I, tornou-se a religião predominante e foi adotada pela família imperial e pelo povo.
Os tangs mantiveram as rotas comerciais para o Ocidente e para o sul, Assim como fizeram os hans. Diversos comerciantes estrangeiros fixaram-se na China.
A partir de cerca de 860, a Dinastia Tang começou a cair, devido a uma série de rebeliões internas e de revoltas de outros Estados aliados. Um chefe guerreiro, Huang Chao, capturou Guangzhou em 879 e executou a maioria de seus 200.000 habitantes. Um ano depois, Luoyang caiu em suas mãos e, em 881, foi a vez de Changan. O Imperador Xizong fugiu para Chengdu e Huang estabeleceu um governo que lançou o país num novo período de caos político (embora fora posteriormente destruído por forças tangs).
Cinco Dinastias e Dez Reinos
O Período das Cinco Dinastias e dos Dez Reinos passou-se entre a Dinastia Tang e a Dinastia Sung. Este período caracterizou-se pela fragmentação política. Durou um pouco mais de meio século, entre 907 e 960. Neste período a China se fragmentou em vários estados. Cinco regimes sucederam-se rapidamente no controle do coração territorial do país ao norte, enquanto dez regimes mais estáveis ocupavam parte das regiões sul e oeste da China.
Divisão Política: os liaos, os sungs, os xias ocidentais, os jins
Em 960, a Dinastia Sung (960-1279) controlava a maior parte da China e escolheu Kaifeng para ser sua capital, dando início a um período de prosperidade econômica. A Dinastia Liao dos khitans governava a Manchúria e a Mongólia. Em 1115, a Dinastia Jin (1115-1234) subiu ao poder e, em dez anos, aniquilou a Dinastia Liao. A China encontrava-se dividida entre a Dinastia Jin, a Dinastia Sing Meridional e os xias ocidentais. Os sungs meridionais destacavam-se por passar por um período de grande desenvolvimento tecnológico.
A Dinastia Yuan dos Mongóis
O Império Jin foi derrotado pelos mongóis, que em seguida guerrearam contra os sungs meridionais numa longa e cruel guerra, a primeira na qual as armas de fogo foram importantes. Assim a China foi reunificada, mas agora como sendo parte de um Império Mongol. Neste período, Marco Polo visitou a corte imperial em Pequim. Cunblai Cã, neto de Gêngis Cã foi o fundador da primeira dinastia a governar a China a partir de Pequim: a Dinastia Yuan.
Dinastia Ming
O forte sentimento popular de hostilidade ante o governo estrangeiro levou a rebeliões camponesas que acabaram por repelir os mongóis e a instituir a Dinastia Ming em 1368.
Durante o governo mongol, a população havia sido reduzida em 40%, para um total estimado em 60 milhões de pessoas. Dois séculos depois, a população dobrou de tamanho, o que causou uma urbanização maior e uma maior complexidade da divisão do trabalho. Surgiram pequenas indústrias dedicadas à produção de papel, seda, algodão e porcelana, em especial em grandes centros urbanos como Pequim e Nanquim. Prevaleciam, porém, as pequenas cidades com mercados que comerciavam, principalmente, comida, mas também produtos como alfinetes e azeite.
A China do início da Dinastia Ming não se isolara, mesmo com toda a xenofobia do neo-confucionismo que era popular na China. Os contatos com o mundo externo cresceram muito, especialmente com o Japão. Mercadores chineses exploraram todo o oceano índico e atingiram a África Oriental com as viagens de Zheng He.
O fundador da Dinastia Ming lançou as bases de um Estado menos interessado em comércio do que em extrair recursos da agricultura. As grandes propriedades rurais foram confiscadas pelo governo, divididas e arrendadas. A escravidão privada foi proibida, o que fez com que os camponeses donos de terras predominassem na agricultura após a morte do Imperador Yongle. Estes fatos permitiram aliviar a pobreza causada pelos antecessores. A burocracia viria a causar o declínio da dinastia mais tarde.
O Imperador Yongle procurou ampliar a influência chinesa além de suas fronteiras quando exigiu que outros governantes lhe enviassem embaixadores para pagar tributo. Construiu-se uma grande marinha e criou-se um exército de um milhão de homens (que conquistaram parte do que hoje é o Vietnã). Diversas nações asiáticas pagaram tributos ao imperador chinês. A China produzia mais de cem mil toneladas de ferro por ano. O palácio imperial da Cidade Proibida atingiu o seu auge. Enfim, o período da Dinastia Ming aparenta ter sido um dos mais prósperos para a China. O período da Dinastia Ming presenciou a última ampliação da Grande Muralha da China.
Dinastia Qing
A Dinastia Qing (1644-1911) foi instituída após a derrota dos mings, a última dinastia han chinesa, pelos manchus. Eles invadiram o norte da China no final do século XVII. Os manchus eram estrangeiros, mas logo aderiram às tradicionais regras das dinastias anteriores. Eles, porém, obrigaram os hans a adotar seu estilo de penteado e vestimenta sob pena de morte.
O Imperador Kangxi ordenou a criação do dicionário mais completo de caracteres chineses até então.
Ao longo do meio do século seguinte, os manchus consolidaram o seu controle sobre o território antes pertencente aos mings e expandiram sua influência para Xinjiang, o Tibete e a Mongólia.
No século XIX o governo qing - em meio a grandes conflitos sociais, estagnação econômica e influência e ingerência ocidentais - enfraqueceu-se. O interesse britânico em continuar o comércio de ópio com a China foi barrado por leis imperiais que baniam a droga, o que levou à Primeira Guerra do Ópio, em 1840. O Reino Unido e outras potências ocidentais, inclusive os Estados Unidos, ocuparam “concessões” à força e ganharam privilégios comerciais. Hong Kong foi cedida aos britânicos em 1842 pelo Tratado de Nanquim. Também ocorreu naquele século a Rebelião Taiping (1851-1864) e o Levante dos Boxers (1899-1901). Em muitos aspectos, as rebeliões e os tratados que os qings se viram obrigados a assinar com potências imperialistas são reflexos da incapacidade do governo chinês em reagir adequadamente aos desafios que enfrentava a China no século XIX.
O Declínio da Monarquia
As duas Guerras do Ópio e o tráfico daquela droga custaram muito para a Dinastia Qing e o povo chinês. A China sofreu dois períodos de fome extrema vinte anos após cada uma das Guerras do Ópio nos anos 1860 e 1880, quando a Dinastia Qing se mostrou incapaz de acudir a população.
Uma grande revolta, a Rebelião Taiping, fez com que cerca de ⅓ do país passasse ao controle de um movimento religioso chefiado pelo “Rei Celestial” Hong Xiuquan. Somente após quatorze anos de movimento, os qings destruíram-no, em 1864. Cerca de quarenta milhões de pessoas morreram.
Nos anos 1860, o imperador Guangxu procurou lidar com a necessidade de modernizar o país por meio do Movimento de Auto-Fortalecimento. Entretanto, a partir de 1898, a imperatriz regente Cixi manteve Guangxu preso alegando “deficiência mental”, após um golpe militar. Guangxu faleceu um dia antes de Cixi (segundo alguns, envenenado por ela). Os “novos exércitos” qings foram vergonhosamente derrotados na Guerra Sino-Francesa (1883-1885) e na Guerra Sino-Japonesa (1894-1895).
No início do século XX, o Levante dos Boxers, um movimento antiimperialista ameaçou o norte da China, com o intuito de regressar ao estilo de vida tradicional. A imperatriz regente apoiou os boxers na invasão a Pequim com o intuito de garantir seu controle sobre o governo, provocando, assim, a invasão da China realizada pela chamada Aliança dos Oito Estados. Composta por tropas britânicas, japonesas, russas, italianas, alemãs, francesas, norte-americanas e austro-húngaras, a aliança derrotou os boxers e exigiu mais concessões do governo qing.
A República da China
Jovens funcionários, oficiais militares e estudantes – inspirados nas ideias revolucionárias de Sun Yat-sem – começaram a defender a derrubada da Dinastia Qing e a proclamação da república. O Levante Wuchang iniciou-se em 10 de outubro de 1911 em Wuhan, e levou à formação de um governo provisório da República da /china em Nanquim, em 12 de março de 1912. Sun Yat-sen foi o primeiro a assumir a presidência, mas viu-se forçado a entregar o poder a Yuan Shikai - que comandava o Novo Exército (tropas chinesas treinadas “à maneira ocidental”) e fora primeiro-ministro durante a era qing – como parte do acordo para a abdicação do último monarca da dinastia. Nos anos seguintes, Shikai aboliu as assembléias Provinciais e a nacional e declarou-se imperador em 1915. Morreu em 1916, após abdicar do cargo. O país passou a ser administrado por coligações variáveis de chefes militares provinciais.
O Movimento do Quatro de Maio, evento pouco notado, teria repercussões em longo prazo para o restante da história da China no século XX. O movimento iniciou-se como uma resposta ao que teria sido um insulto imposto à China pelo Tratado de Versalhes, que encerra a Primeira Guerra Mundial, mas tornou-se um movimento de protesto contra a situação interna do país.
Nos anos 1920, Sun Yat-sen estabeleceu uma base revolucionária no sul da China e unificou seu país. Aliou-se ao Partido Comunista da China (PCC) com auxílio soviético. Após sua morte, Chiang Kai-shek assumiu o controle do Kuomintang (KMT) e reuniu sob seu governo a maior parte do sul e do centro da China numa campanha conhecida como Expedição do Norte. Após derrotar os chefes guerreiros daquelas regiões, Chiang ganhou a fidelidade nominal dos líderes do norte. Em 1927, voltou-se contra o PCC e expulsou os exércitos comunistas e seus chefes de suas bases no sul e no leste da China. Em 1934, as tropas do PCC realizaram a Longa Marcha, através da região menos desenvolvida da China a noroeste, onde estabeleceram uma base guerrilheira em Yan’an, na província de Shanxi.
Mao Tse-tung foi declarado novo chefe dos comunistas durante a Longa Marcha. O conflito entre KMT e PCC continuou até durante os 14 anos da invasão japonesa, embora houve uma aliança contra os japoneses em 1937. A guerra civil chinesa continuou após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial em 1945. Em 1949 o PCC já ocupava a maior parte do país.
Chiang Kai-shek refugiou-se em Taiwan, onde declarou Taipé a capital da República da China e afirmou seu propósito de reconquistar a China continental.
A República Popular da China
Com a proclamação da República Popular da China (PRC) em 1 de outubro de 1949, o país se dividiu em RPC, no continente, e República da China (RC), em Taiwan e outras ilhas. Cada um se considera o único e legítimo governo da China. Desde os anos 1990, a RC tem procurado reconhecimento internacional, enquanto a RPC se opõe a qualquer envolvimento internacional e insiste na “Política de uma China”.
Politicamente, o governo deixou de ser comunista após a morte de Mao Zedong em 1976, apesar de o Partido Comunista continuar no poder. Deng Xiaoping, mesmo não sendo o presidente de direito, foi quem comandou a China durante a década de 1980. Em 1991, Jiang Zemin assumiu a presidência, governando até 2003, quando seu sucessor Hu Jintao assumiu o poder.
-Curiosidades
• Diante do controle de natalidade imposto pelo governo, cada casal pode ter somente um filho, o que resultou numa geração com aproximadamente 90 milhões de chineses sem irmãos.

• Na China, nascem 119 meninos para cada 100 meninas.

• Estimativas revelam que no ano de 2020 pelo menos 30 milhões de homens chineses estarão solteiros.

• Cerca de 45% das chinesas afirmam que valorizam a carreira profissional e não trocam por um casamento.

• A cada dez famílias chinesas, pelo menos três possui um dos avós vivendo junto.

• Outra medida de controle de natalidade é em relação ao número de animais de estimação. Cada família pode possuir somente um cachorro e outros animais que não ultrapassem 35 centímetros de altura.

• O número de internautas na China já superou os Estados Unidos, com 220 milhões de usuários.

• As autoridades inseriram 171 novas expressões da cultura pop no idioma do país.

• Cerca de 31% das pessoas com idade acima de 16 anos se denominaram religiosos, quatro vezes mais do que há uma década.

• O total do número de celulares na China aumentou de 87 milhões em 2000 para 432 milhões atualmente.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Super Nintendo Entertainment System


Super Nintendo Entertainment System (também conhecido como Super Nintendo, SNES e no Japão como Super Famicom), é um videogame lançado pela Nintendo em 1990 no Japão, 1991 nos EUA e 1992 na Europa. Seu código de modelo é SNS-001 e quando foi lançado para outros países e regiões, o código recebia a adição da sigla do país ou região.
O console utiliza uma CPU 65C816 de 16 Bits com uma freqüência de 3,58, 2,68, ou 1,79 MHz, e fora desenvolvido pela Nintendo para concorrer com o Mega Drive, da sua principal concorrente até então, a SEGA. Apesar de possuir um chip de vídeo mais avançado que o do Mega Drive, ele tinha um processador muito mais lento, o que ocasionava constantes slowdowns em vários jogos.Mesmo assim o super nintendo superou em vendas o sega mega drive que vendeu apenas 28,54 millhões de vendas enquanto o Super nintendo 50 milhões.
O sucesso de sua venda foi superior a 50 milhões de unidades por todo o mundo. Muitos também o consideram o melhor console da história, pela quantidade e qualidade dos jogos desenvolvidos para ele. O SNES foi oficialmente descontinuado em 1996, depois de render bilhões de dólares a Nintendo e fazer o mercado doméstico de videogames ainda mais atrativo.
Os dois jogos no lançamento foram Super Mario World e F-Zero. O primeiro, estrelado pelo mascote Mario, costumava acompanhar o console nas vendas e contabilizou 29 milhões de cópias. O segundo contabilizou 2,85 milhões e deu início a mais uma série da Nintendo.

História

Sendo o sucessor do Nintendo Entertainment System (NES), conhecido no Japão como Famicom (Family Computer), fora batizado com o mesmo nome acrescido de Super (Super NES e Super Famicom (Super Family Computer)).
Fora lançado ao fim de 1990 no Japão, nos EUA em Novembro de 1991 e depois em 1992 na Europa.
A versão européia do console (lançado em 1993) é visualmente idêntica ao modelo japonês. O controle também é praticamente idêntico, com botões coloridos. Porém na Europa o sistema de cores do console é PAL, enquanto no Japão é SECAM e EUA é NTSC.
No Brasil, chegou oficialmente apenas no fim de 1993, lançado pela Playtronic (uma joint-venture entre duas empresas, a Gradiente e a Estrela), representante oficial da Nintendo no país na época. Já em versão transcodificada para PAL-M. Inclusive sendo fabricado por muitos anos em Manaus, até a saída da Gradiente do ramo, em 2003.
A Nintendo garantiu seu sucesso especialmente por manter velhos parceiros, como Capcom, Konami, Tecmo, Square, Koei, Midway e Enix, que mantinham a exclusividade da Nintendo de séries como Mega Man, Final Fantasy e Dragon Quest.
O Super NES, após anos de sucesso, fora seguido pelo Nintendo 64 no fim de 1996 pela Nintendo. O N64 não obteve o mesmo sucesso do anterior, sendo superado pelo PlayStation.
Atualmente, utilizando emuladores como zSNES, Snes9X e uosnes, é possível emular os jogos de Super Nintendo no computador, com desempenho semelhante (Não perfeito e nem superior, porém com algumas vantagens, como Save State) ao console original.

Versões

Todas as versões do SNES são predominantemente cinzas, embora o formato possa diferir. A versão original norte-americana possui dois interruptores roxos e um cavidade pressionável cinza-médio para ejetar cartuchos. As versões européia e japonesa são mais arredondadas, com botões e teclas cinza-escuros. O norte-americano SNES 2 e o japonês Super Famicom Jr. são, ambos, menores e com contorno arredondado. Entretanto, os botões do SNES 2 são roxos enquanto os do Super Famicom Jr. são cinza-escuro. Todas as versões possuem o encaixe para cartucho na parte superior, embora o formato deles sejam diferentes para se adequar a formatos distintos de cartucho. O conector possui 62 encaixes, entretanto muitos cartuchos utilizam apenas os 46 centrais. Todas as versões incorporam também duas portas de sete pinos para controles na parte frontal e uma saída para fonte de alimentação e uma para multi-conexão HDMI da Nintendo na parte traseira. O multi-conector é o mesmo usado mais tarde no Nintendo 64 e no GameCube e pode transmitir sinais RF, RGB, S-Video e vídeo composto.

Controle

Seu formato básico incluía um direcional digital, 4 botões em cruz (A, B, X e Y), 2 botões de ombro (R e L) e 2 botões ao centro (START e SELECT).
Foi o primeiro controle a trazer "botões de ombro" (shoulder buttons) nas bordas, chamados L e R (Left e Right - Esquerda e Direita). Geralmente são usados para movimentar a câmera de jogo, mas também possuem outras funções dependendo do jogo em questão. Todos os consoles seguintes copiaram esses botões.
Havia também uma peculiaridade nos botões em cruz. Os superiores (dado a inclinação da cruz), Y e X, possuíam formato côncavo, enquanto os inferiores convexo. Tal formato tornava a jogabilidade mais prazerosa em jogos como Super Mario World e Donkey Kong, em que o botão superior Y ficava permanentemente pressionado para dar velocidade, e o botão inferior era usado simultaneamente para outras funções.
A versão japonesa/européia do aparelho traz os botões em cruz em quatro cores diferentes: verde, azul, amarelo, vermelho, respectivamente aos botões Y, X, B e A, enquanto na versão norte-americana, os botões côncavos Y e X tinham coloração lilás e os botões convexos B e A azul marinho.

Periféricos

O Super NES teve muitos acessórios:
  • Super NES Mouse: lançado em 1992, é bastante semelhante a um mouse comum utilizado em computador. Tem dois botões e vem com um mousepad rígido para suporte. É ligado na mesma entrada do controle comum, e compatível com dezenas de jogos para Super NES. O mais conhecido deles é Mario Paint.
  • Super Scope: arma de luz semelhante ao Nintendo Zapper do NES, foi lançada em 1992. Uma inovação sem fio e com mira telescópica.
  • Super Game Boy: adaptador que permite jogar cartuchos de Game Boy no SNES. Alguns inclusive com suporte a cores.
  • Satellaview: modem exclusivo do Japão, inserido na parte de baixo do console. Funcionou de 1995 a 2000.
  • Chips auxiliares
Os chips vinham em alguns cartuchos e faziam uma grande diferença nos jogos, melhorando significativamente a parte gráfica e sonora:
    • Super FX: Utilizado em Star Fox, Stunt Race FX e Vortex;
    • Super FX2: Utilizado em Doom e Yoshi's Island;
    • Nintendo SA-1: Utilizado em Super Mario RPG, incrementando o efeito gráfico 3/4;
    • Cx4: Utilizado em Megaman X2 e Megaman X3;
    • DSP: Utilizado em Mario Kart e Pilotwings;
    • DSP-4: Utilizado em Top Gear 3000;
    • S-DD1: Utilizado em Street Fighter Alpha 2 e Star Ocean.
A Nintendo planejou um periférico de CD para o Super NES que iria se chamar play station (assim como o Sega CD para o Mega Drive), mas as negociações com Sony e Philips não funcionaram e as duas lançaram os próprios consoles baseados nos periféricos não lançados: PlayStation e CD-i respectivamente. 

Site de Origem