A China é atualmente um dos países considerados emergentes,
sendo uma provável potência do futuro. Neste trabalho seguem informações sobre
a China como a sua história desde os
primórdios de seu nascimento, dando ênfase para o período dinástico chinês. Há ainda menções de grandes eventos
históricos como as guerras pela proclamação da república, as invasões e as
concessões cedidas aos britânicos e seus aliados. Existem também informações
sobre a cultura da China e seus
dados atuais.
Por fim, segue-se a conclusão
do trabalho, sucedida pelos anexos
sobre a China. Há ainda as Referências
Bibliográficas, onde estarão as fontes consultadas para a confecção deste.
China
-História
A República Popular da China, conhecida
por todo mundo simplesmente como China, é o maior país da Ásia Oriental e é o
mais populoso do mundo, atualmente com cerca de 1,3 bi de habitantes. O nome República Popular existe para
diferenciar a China continental de Taiwan e outras ilhas denominadas de República
da China. É uma república socialista, tem 22 províncias, cinco Regiões Autônomas
(Xinjiang, Mongólia Interior, Tibete, Ningxia e Guangxi), quatro municípios
(Pequim, Tianjiang, Xangai e Chongqing) e duas Regiões Administrativas
Especiais (Hong Kong e Macau), com grande autonomia. Sua capital é Pequim. Mas
a China nem sempre foi assim.
A
civilização chinesa foi uma das primeiras do mundo. Sua história está
registrada em documentos datados do século XVI a.C. Segundo estudiosos, ela
nasceu nas bacias do Rio Amarelo em cidades-Estado. Aproximadamente no ano de
221 a.C., a China se unificou formando um grande reino.
Dinastias
As
dinastias são um dos elementos mais importantes da história da China. As
primeiras dinastias foram registradas após o período de 2850 a.C. a 2205 a.C.
onde governaram os “3 Augustos e os 5 Imperadores”, líderes mitológicos da
China. Durante séculos foram fundadas dinastias na China.
Dinastia Xia
A Dinastia Xia é a primeira dinastia
chinesa descrita pela história tradicional da China. Durou de cerca do ano 2070
a.C. até cerca de 1600 a.C. e teve 17 reis em 14 gerações.
A
Dinastia Xia encerrou um sistema de governo monárquico hereditário, existente
desde o período do lendário Imperador Amarelo. Ela iniciou um
período em que governavam apenas os nobres. Estes controlavam tudo que
estivesse dentro dos limites territoriais da nação. A partir daí começou a se
formar o código legal da China, em que qualquer infração era punida
severamente.
Existem
especulações de que o último rei da Dinastia Xia, o rei Jie, foi um rei
corrupto. Ele foi deposto por T’ang, líder do povo de Shang que se situava mais
ao leste.
Dinastias Chang e Chou
O
registro mais antigo sobre a história da China é a Dinastia Chang,
registrada em ossos e carapaças de animais. Esta dinastia se apoderou da
Dinastia Xia. Durou de 1766 a.C. até 1122 a.C. Neste período iniciou-se o
comércio na China. Foram inventados o Arco e Flecha e o Calendário Chinês, além
de aperfeiçoar-se a escrita.
No
final do século X a.C., o povo da Dinastia Chou, também conhecida como
Dinastia
Zhou, Chow, Jou ou Cheu, saiu do vale do Rio Amarelo e invadiu os Shang,
derrotando-os na Batalha de Muye. Os Zhou viriam a expandir seus domínios ao
vale do Rio Yangtzé, no que seria a primeira das várias migrações populacionais
do norte para o sul na história da China.
Os
Zhou eram um povo que vivia a oeste dos Shang e seu Chefe, o rei Wu, havia sido
nomeado “Protetor Ocidental”. O rei Zhou daquele período invocou o “Mandato dos
Céus” para justificar seu governo, ideia que viria a influenciar quase todas as
dinastias que viriam depois.
Período das Primaveras e dos Outonos - No século VIII
a.C., o poder político começou a se dividir pelo território. Os Chefes
Militares locais nomeados pelos zhous começaram querer autonomia. A situação
piorou com as várias invasões de outros povos a partir do nordeste, como os
qins, o que forçou os zhous a moverem sua capital para o leste. Isto marca a
segunda grande fase dos zhous: os Zhous Orientais. A partir daí, os territórios
zhou se fragmentaram em vários Estados e a fidelidade aos zhou era apenas
nominal. Por exemplo, os Chefes Locais passaram a criar títulos reais. Neste período
surgiram vários movimentos filosóficos e intelectuais influentes.
Período dos Reinos Combatentes – Após um período
de consolidação política, no final do século V a.C., restaram apenas sete
grandes Estados. Estes combateram entre si pela supremacia no Período dos
Reinos Combatentes. Estes Estados eram: Zhao,
Wei, Han, Qiu, Qi, Yan e Chu.
O rei Zhou continuou a existir até 256 a.C., mas sem
nenhum poder. O fim desse período se deu durante o reinado de Ying Zheng, rei
de Qin. Após a unificação dos outros seis Estados existentes e expandir seus
domínios em 214 a.C., Ying proclamou-se Imperador (Qin Shi Huangdi).
Dinastia Qin
A Dinastia
Qin marcou o início do período imperial na China, que durou da Dinastia Qin, do Século III a.C., até a Dinastia Qing, do começo do Século XX. O
primeiro imperador da Dinastia Qin
governava seguindo um código legal, em um regime que não permitia a existência
de oposição política, ordenando o poder absoluto do monarca. Esta filosofia era
chamada de legalismo. Ela era muito eficaz para expandir o império a
força, porém não permitia a existência de um governo de paz. Os Qins
silenciavam os opositores políticos brutalmente, tendo seu auge no
acontecimento conhecido como a queima de livros e o sepultamento de acadêmicos vivos.
Dentre
as maiores contribuições da Dinastia Qin para a China está a Grande
Muralha da China, aperfeiçoada e amplificada durante a Dinastia Ming. Além disto, os Qin
contribuíram com a unificação do direito, da linguagem escrita e da moeda na
China. Até mesmo o comprimento do eixo das carroças foi unificado para permitir
um sistema comercial viável abrangendo todo o império.
Dinastias Han e Xin
A Dinastia Han iniciou-se no ano de 202
a.C. Foi a primeira dinastia a adotar a filosofia do confucionismo, que viria a
se tornar a base ideológica do período imperial na China. Nesta dinastia a
China obteve vários avanços nas artes e nas ciências. O Imperador Wu consolidou e ampliou o império expulsando os xiongnus para a atual Mongólia
Interior. Essa conquista permitiu as primeiras ligações comerciais entre a
China e o ocidente: a Rota da Seda.
Entretanto,
uma crise tributária foi causada devido às aquisições de terras por parte das
elites. Até que em 9 d.C., Wang Mang fundou a Dinastia Xin (“nova”) e
deu início a um grande programa de reforma agrária e econômica. Os
proprietários de terras nunca apoiaram as reformas por serem melhores para os
camponeses e a pequena nobreza, e devido à existência de oposição ouve caos e
rebeliões.
A Dinastia
Han acabou por ser reinstituída pelo Imperador Guangwu, com apoio dos
proprietários das terras. O poder dos Hans declinou devido às aquisições de
terras, as freqüentes invasões e rixas entre clãs da consorte do imperador e
eunucos. A Rebelião do Turbante Amarelo,
protagonizada pelos camponeses em 184 resultou numa era de chefes guerreiros.
No meio de todo o caos, três Estados disputaram a liderança no período chamado
de Período
dos Três Reinos.
Dinastia Jin
Os
três grupos foram temporariamente unificados pela Dinastia Jin em 278, porém os grupos étnicos não - hans controlavam
boa parte do país no início do século IV, provocando migrações de hans em
grande escala para a margem sul do Yangtzé. Em 303, o povo di revoltou-se, capturou Chengdu e estabeleceu o Estado de Cheng
Han. Os xiongnus, liderados por Liu Yuan, também se revoltaram e criaram o
Estado de Han Zhao. Seu sucessor, Liu Cong, capturou e executou os dois últimos
imperadores jins ocidentais. No Período
dos Dezesseis Reinos, várias breves dinastias não-chinesas, a partir de
303, governaram o norte da China. Os povos ali presentes incluíam os ancestrais
dos turcos, mongóis e tibetanos. Alguns destes povos, geralmente pouco
numerosos, já habitavam a região da Grande Muralha da China há muitos anos, com
o consentimento desta.
Dinastia Sui
A Dinastia Sui reunificou a China em 581,
após quase quatro séculos de fragmentação política na qual norte e sul
desenvolveram-se independentemente. Do mesmo modo que os qin haviam unificado a China após o Período dos Reinos Combatentes, os suis uniram o país e criaram
várias instituições que terminaram por ser adotadas por seus sucessores: os Tangs. Da mesma maneira, porém, eles
sobrecarregaram seus recursos e caíram.
Dinastia Tang
Em
18 de junho de 618, Gaozu tomou o poder e estabeleceu a Dinastia Tang. A partir daí, a China passou por uma fase de
prosperidade e inovações nas artes e na tecnologia. O budismo, que havia se
instalado na China a partir do século I, tornou-se a religião predominante e
foi adotada pela família imperial e pelo povo.
Os
tangs mantiveram as rotas comerciais
para o Ocidente e para o sul, Assim como fizeram os hans. Diversos comerciantes estrangeiros fixaram-se na China.
A
partir de cerca de 860, a Dinastia Tang
começou a cair, devido a uma série de rebeliões internas e de revoltas de
outros Estados aliados. Um chefe guerreiro, Huang Chao, capturou Guangzhou em
879 e executou a maioria de seus 200.000 habitantes. Um ano depois, Luoyang
caiu em suas mãos e, em 881, foi a vez de Changan. O Imperador Xizong fugiu
para Chengdu e Huang estabeleceu um governo que lançou o país num novo período
de caos político (embora fora posteriormente destruído por forças tangs).
Cinco Dinastias e Dez Reinos
O Período das Cinco Dinastias e dos Dez Reinos
passou-se entre a Dinastia Tang e a Dinastia Sung. Este período
caracterizou-se pela fragmentação política. Durou um pouco mais de meio século,
entre 907 e 960. Neste período a China se fragmentou em vários estados. Cinco
regimes sucederam-se rapidamente no controle do coração territorial do país ao
norte, enquanto dez regimes mais estáveis ocupavam parte das regiões sul e
oeste da China.
Divisão Política: os liaos, os
sungs, os xias ocidentais, os jins
Em
960, a Dinastia Sung (960-1279) controlava a maior parte da China e
escolheu Kaifeng para ser sua capital, dando início a um período de
prosperidade econômica. A Dinastia Liao
dos khitans governava a Manchúria e a Mongólia. Em 1115, a Dinastia Jin (1115-1234) subiu ao poder e, em dez anos, aniquilou a
Dinastia Liao. A China encontrava-se dividida entre a Dinastia Jin, a Dinastia
Sing Meridional e os xias ocidentais. Os sungs meridionais destacavam-se por
passar por um período de grande desenvolvimento tecnológico.
A Dinastia Yuan dos Mongóis
O
Império Jin foi derrotado pelos mongóis, que em seguida guerrearam contra os
sungs meridionais numa longa e cruel guerra, a primeira na qual as armas de
fogo foram importantes. Assim a China foi reunificada, mas agora como sendo
parte de um Império Mongol. Neste período, Marco Polo visitou a corte
imperial em Pequim. Cunblai Cã, neto de Gêngis Cã foi o fundador da primeira
dinastia a governar a China a partir de Pequim: a Dinastia Yuan.
Dinastia Ming
O
forte sentimento popular de hostilidade ante o governo estrangeiro levou a
rebeliões camponesas que acabaram por repelir os mongóis e a instituir a Dinastia
Ming em 1368.
Durante
o governo mongol, a população havia sido reduzida em 40%, para um total
estimado em 60 milhões de pessoas. Dois séculos depois, a população dobrou de
tamanho, o que causou uma urbanização maior e uma maior complexidade da divisão
do trabalho. Surgiram pequenas indústrias dedicadas à produção de papel, seda,
algodão e porcelana, em especial em grandes centros urbanos como Pequim e
Nanquim. Prevaleciam, porém, as pequenas cidades com mercados que comerciavam,
principalmente, comida, mas também produtos como alfinetes e azeite.
A
China do início da Dinastia Ming não se isolara, mesmo com toda a xenofobia do
neo-confucionismo que era popular na China. Os contatos com o mundo externo
cresceram muito, especialmente com o Japão. Mercadores chineses exploraram todo
o oceano índico e atingiram a África Oriental com as viagens de Zheng He.
O
fundador da Dinastia Ming lançou as bases de um Estado menos interessado em
comércio do que em extrair recursos da agricultura. As grandes propriedades
rurais foram confiscadas pelo governo, divididas e arrendadas. A escravidão
privada foi proibida, o que fez com que os camponeses donos de terras
predominassem na agricultura após a morte do Imperador Yongle. Estes fatos
permitiram aliviar a pobreza causada pelos antecessores. A burocracia viria a
causar o declínio da dinastia mais tarde.
O
Imperador Yongle procurou ampliar a influência chinesa além de suas fronteiras
quando exigiu que outros governantes lhe enviassem embaixadores para pagar
tributo. Construiu-se uma grande marinha e criou-se um exército de um milhão de
homens (que conquistaram parte do que hoje é o Vietnã). Diversas nações
asiáticas pagaram tributos ao imperador chinês. A China produzia mais de cem
mil toneladas de ferro por ano. O palácio imperial da Cidade Proibida atingiu o
seu auge. Enfim, o período da Dinastia Ming aparenta ter sido um dos mais
prósperos para a China. O período da Dinastia Ming presenciou a última
ampliação da Grande Muralha da China.
Dinastia Qing
A Dinastia
Qing (1644-1911) foi instituída após a derrota dos mings, a última
dinastia han chinesa, pelos manchus. Eles invadiram o norte da China no final
do século XVII. Os manchus eram estrangeiros, mas logo aderiram às tradicionais
regras das dinastias anteriores. Eles, porém, obrigaram os hans a adotar seu
estilo de penteado e vestimenta sob pena de morte.
O
Imperador Kangxi ordenou a criação do dicionário mais completo de caracteres
chineses até então.
Ao
longo do meio do século seguinte, os manchus consolidaram o seu controle sobre
o território antes pertencente aos mings e expandiram sua influência para
Xinjiang, o Tibete e a Mongólia.
No
século XIX o governo qing - em meio a grandes conflitos sociais, estagnação
econômica e influência e ingerência ocidentais - enfraqueceu-se. O interesse
britânico em continuar o comércio de ópio com a China foi barrado por leis
imperiais que baniam a droga, o que levou à Primeira Guerra do Ópio, em 1840. O Reino Unido e outras potências
ocidentais, inclusive os Estados Unidos, ocuparam “concessões” à força e
ganharam privilégios comerciais. Hong Kong foi cedida aos britânicos em 1842
pelo Tratado de Nanquim. Também ocorreu naquele século a Rebelião Taiping (1851-1864) e o Levante dos Boxers (1899-1901). Em muitos aspectos, as rebeliões e
os tratados que os qings se viram obrigados a assinar com potências
imperialistas são reflexos da incapacidade do governo chinês em reagir
adequadamente aos desafios que enfrentava a China no século XIX.
O
Declínio da Monarquia
As
duas Guerras do Ópio e o tráfico daquela droga custaram muito para a Dinastia
Qing e o povo chinês. A China sofreu dois períodos de fome extrema vinte anos
após cada uma das Guerras do Ópio nos anos 1860 e 1880, quando a Dinastia Qing
se mostrou incapaz de acudir a população.
Uma
grande revolta, a Rebelião Taiping,
fez com que cerca de ⅓ do país passasse ao controle de um movimento religioso
chefiado pelo “Rei Celestial” Hong Xiuquan. Somente após quatorze anos de
movimento, os qings destruíram-no, em 1864. Cerca de quarenta milhões de
pessoas morreram.
Nos
anos 1860, o imperador Guangxu procurou lidar com a necessidade de modernizar o
país por meio do Movimento de Auto-Fortalecimento. Entretanto, a partir de
1898, a imperatriz regente Cixi manteve Guangxu preso alegando “deficiência
mental”, após um golpe militar. Guangxu faleceu um dia antes de Cixi (segundo
alguns, envenenado por ela). Os “novos exércitos” qings foram vergonhosamente
derrotados na Guerra Sino-Francesa
(1883-1885) e na Guerra Sino-Japonesa
(1894-1895).
No
início do século XX, o Levante dos Boxers,
um movimento antiimperialista ameaçou o norte da China, com o intuito de
regressar ao estilo de vida tradicional. A imperatriz regente apoiou os boxers
na invasão a Pequim com o intuito de garantir seu controle sobre o governo,
provocando, assim, a invasão da China realizada pela chamada Aliança dos Oito
Estados. Composta por tropas britânicas, japonesas, russas, italianas, alemãs,
francesas, norte-americanas e austro-húngaras, a aliança derrotou os boxers e
exigiu mais concessões do governo qing.
A
República da China
Jovens
funcionários, oficiais militares e estudantes – inspirados nas ideias
revolucionárias de Sun Yat-sem – começaram a defender a derrubada da Dinastia
Qing e a proclamação da república. O Levante
Wuchang iniciou-se em 10 de outubro de 1911 em Wuhan, e levou à formação de
um governo provisório da República da /china em Nanquim, em 12 de março de
1912. Sun Yat-sen foi o primeiro a assumir a presidência, mas viu-se forçado a
entregar o poder a Yuan Shikai - que comandava o Novo Exército (tropas chinesas
treinadas “à maneira ocidental”) e fora primeiro-ministro durante a era qing –
como parte do acordo para a abdicação do último monarca da dinastia. Nos anos
seguintes, Shikai aboliu as assembléias Provinciais e a nacional e declarou-se
imperador em 1915. Morreu em 1916, após abdicar do cargo. O país passou a ser
administrado por coligações variáveis de chefes militares provinciais.
O Movimento do Quatro de Maio, evento
pouco notado, teria repercussões em longo prazo para o restante da história da
China no século XX. O movimento iniciou-se como uma resposta ao que teria sido
um insulto imposto à China pelo Tratado de Versalhes, que encerra a Primeira
Guerra Mundial, mas tornou-se um movimento de protesto contra a situação
interna do país.
Nos
anos 1920, Sun Yat-sen estabeleceu uma base revolucionária no sul da China e
unificou seu país. Aliou-se ao Partido Comunista da China (PCC) com auxílio
soviético. Após sua morte, Chiang Kai-shek assumiu o controle do Kuomintang
(KMT) e reuniu sob seu governo a maior parte do sul e do centro da China numa
campanha conhecida como Expedição do
Norte. Após derrotar os chefes guerreiros daquelas regiões, Chiang ganhou a
fidelidade nominal dos líderes do norte. Em 1927, voltou-se contra o PCC e
expulsou os exércitos comunistas e seus chefes de suas bases no sul e no leste
da China. Em 1934, as tropas do PCC realizaram a Longa Marcha, através da região menos desenvolvida da China a
noroeste, onde estabeleceram uma base guerrilheira em Yan’an, na província de
Shanxi.
Mao
Tse-tung foi declarado novo chefe dos comunistas durante a Longa Marcha. O
conflito entre KMT e PCC continuou até durante os 14 anos da invasão japonesa,
embora houve uma aliança contra os japoneses em 1937. A guerra civil chinesa
continuou após a derrota do Japão na Segunda Guerra Mundial em 1945. Em 1949 o
PCC já ocupava a maior parte do país.
Chiang
Kai-shek refugiou-se em Taiwan, onde declarou Taipé a capital da República da
China e afirmou seu propósito de reconquistar a China continental.
A
República Popular da China
Com
a proclamação da República Popular da China (PRC) em 1 de outubro de 1949, o país
se dividiu em RPC, no continente, e República da China (RC), em Taiwan e outras
ilhas. Cada um se considera o único e legítimo governo da China. Desde os anos
1990, a RC tem procurado reconhecimento internacional, enquanto a RPC se opõe a
qualquer envolvimento internacional e insiste na “Política de uma China”.
Politicamente,
o governo deixou de ser comunista após a morte de Mao Zedong em 1976, apesar de
o Partido Comunista continuar no poder. Deng Xiaoping, mesmo não sendo o
presidente de direito, foi quem comandou a China durante a década de 1980. Em
1991, Jiang Zemin assumiu a presidência, governando até 2003, quando seu
sucessor Hu Jintao assumiu o poder.
-Curiosidades
• Diante do controle de natalidade imposto
pelo governo, cada casal pode ter somente um filho, o que resultou numa
geração com aproximadamente 90 milhões de chineses sem irmãos.• Na China, nascem 119 meninos para cada 100 meninas.
• Estimativas revelam que no ano de 2020 pelo menos 30 milhões de homens chineses estarão solteiros.
• Cerca de 45% das chinesas afirmam que valorizam a carreira profissional e não trocam por um casamento.
• A cada dez famílias chinesas, pelo menos três possui um dos avós vivendo junto.
• Outra medida de controle de natalidade é em relação ao número de animais de estimação. Cada família pode possuir somente um cachorro e outros animais que não ultrapassem 35 centímetros de altura.
• O número de internautas na China já superou os Estados Unidos, com 220 milhões de usuários.
• As autoridades inseriram 171 novas expressões da cultura pop no idioma do país.
• Cerca de 31% das pessoas com idade acima de 16 anos se denominaram religiosos, quatro vezes mais do que há uma década.
• O total do número de celulares na China aumentou de 87 milhões em 2000 para 432 milhões atualmente.